Chips de legumes conquistaram espaço nos hábitos alimentares de quem procura uma alternativa mais saudável aos salgadinhos industrializados. Práticos, saborosos e fáceis de transportar, esses snacks aparecem como aliados de quem busca variar o cardápio. Mas, apesar de derivados de vegetais, ainda há dúvidas: eles substituem os alimentos in natura de verdade?
Olha só, é importante entender que embora sejam feitos a partir de legumes, os chips passam por processos como fritura ou desidratação, que reduzem parte significativa das vitaminas sensíveis ao calor, como a vitamina C e algumas do complexo B. Segundo o nutricionista Guilherme Lopes, do grupo Mantevida, mesmo mantendo alguns nutrientes, como fibras e minerais, o processo de produção pode afetar o valor nutricional total do alimento. Além disso, os produtos industrializados tendem a conter mais gordura e sódio do que a versão natural dos legumes.
Dados de 2023 apontam que apenas 45,5% dos brasileiros consomem verduras e legumes ao menos cinco vezes por semana. O consumo é ainda menor entre os jovens de 18 a 24 anos, com apenas 39,2% atingindo essa frequência. Para esse público, os chips podem funcionar como porta de entrada para hábitos mais saudáveis. Mesmo assim, nutricionistas reforçam: eles devem ser usados como complemento, e não substituto. A dica é optar por versões caseiras, assadas ou desidratadas sem óleo em excesso, para reduzir o impacto negativo no perfil nutricional. Como reforça a nutricionista Aline Flores, o objetivo é que os chips sirvam como passo inicial para, futuramente, incluir o alimento in natura na rotina.